terça-feira, 30 de dezembro de 2008

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

É o que eu desejo a você...

Em 2009, nada como a realidade nua e crua - principalmente nua.

Festança




domingo, 28 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Io!

Grite aí.

Yes, Hugs!, Yeah, aeeeeeeeee, amém.

Io Saturnália!

perception




"Muito da nossa experiência na vida é determinado pela nossa percepção.

Mude a percepção e voce terá outra experiência."

David Swenson

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Prece de ano novo

Senhor



Livra-me dos chatos e Te agradecerei, oh Senhor. Rouba-me o emprego, planta-me em cada dedo a Tua unha encravada, mata-me de morte lenta e dolorosa, mas livra-me dos chatos. Há chatos demais, Senhor, nesta Tua cidade. Cobre a minha cabeça de piolhos, arranca os meus olhos das órbitas, Senhor, mas livra-me dos chatos.

Eles podem mais que Teu rum da Jamaica, que Teu éter sulfúrico. De Curitiba fugiram os Teus anjos, Senhor e, se fugiram, eles que eram anjos, o que será de mim?

Tuas pestes, Senhor, poupam aos chatos, são eles intocáveis ao Teu dedo? Claudionor eu Te perdôo, Senhor, a Valquiria que embebeu as vestes em álcool e ateou fogo eu Te perdôo, Senhor, as duas senhoras de nomes Lucinda e Perciliana que se engalfinharam durante a missa na Tua catedral, eu Te perdôo porque Te entendo, Senhor.

Não Te entendo, oh Senhor, por que poupas a eles, que são chatos. Por eles se perde o mel que a abelha ainda não cozinhou. Eles estragam o gosto do café ainda na xícara e azedam o leite no seio da mulher grávida.

Endureceste o coração contra mim: sou eu Faraó e são os chatos Teu povo? Não me poupes, Senhor, entre os malditos é o meu lugar. Abate-me com Tua mão pesada, eu Te abençoarei. Sacode-me no pó como fizeste com Job, ah, mas os amigos que mandaste consolar a Job não eram eles três chatos, Senhor?

Dalton Trevisan,
Senhor
Lamentações de Curitiba, 1961

Aleluia, irmãos!

Certa vez, depois do desfile das apoteóticas escolas de samba de Curitiba, sob a bênção do Marechal Deodoro da capital paranaense, um pastor, bíblia no sovaco, sobe num banquinho e começa a pregar:

"Oh Senhor, livrai-me dos chatos!"

poema de Sete Facas do Anzolin

Os Desembalos de Sábado à Noite

Mais um final de semana chegando. Fazia justamente um mês, naquele sábado, que tinha terminado com minha namorada. Tomado por um sentimento que misturava vazio, solidão e carência, eu e meus bodes nos acomodávamos no sofá para assistir a mais um filme “Qualquer Coisa Fatal” no Supercine, quando ouvi risadas e gemidos no apartamento de cima.

Eu fiquei paralisado e comecei a prestar atenção nas coisas que estavam acontecendo no meu vizinho. Senti vergonha, pois pagar condomínio para ouvir as sacanagens dos outros é o fim do mundo.

No final daquela situação inusitada, consegui chegar à uma triste conclusão: são os movimentos que provocam os sussurros. Senti-me um poste. Baseado nesta dedução simplória, erótica e carente, busquei motivação para sair do estado de letargia que me encontrava. É... já era hora de fazer alguma coisa. Pelo amor de Deus. Atitude. O negócio era reentrar na atmosfera da night, onde haveria um montão de menininhas loucas para te fazer esquecer da vida e resgatar o velho tigrão das secretárias bilingües. Era a volta de um velho sucesso, só que agora na versão acústico. É... ACÚSTICO.

Espantei os bodes que estavam em minha sala e animei-me inesperadamente. Apesar do frio de Curitiba, telefonei para um antigo amigo, o Durval, que topava qualquer balada (pelo menos há dois anos atrás). Num papo rápido, fiquei sabendo que ele havia sido trocado por um professor de jiu-jitsu pela última namorada e desde então, como ele falava, “qualquer coisa é coisa”. Putz. O cara tava pior que eu.

- Passo aí umas onze horas, disse.

- Tô te esperando então, rebateu de primeira o Durva.Abri o guarda-roupa.

Vamos ver o que eu coloco. Bom, o frio é uma época em que as pessoas se vestem bem. Tem todo um charme, um glamour. Olhei para uma camisa azul marinho, que era meu antigo jaleco de guerra. “Ela” fez que não era com ela. Aposentou-se por tempo de serviço (isto facilmente se vê nos colarinhos). Bem...é verdade. Desta vez tenho que caprichar. É simplesmente “a volta”. Só que estava faltando no meu guarda-roupa um casaco de couro ou uma jaqueta bem transada. Sabe... algo com apelo visual... merchandising, do tipo: “Tá baratinho, freguesa. É só pegar e levar”. Eita carência.Deparei-me com uma jaqueta perdida que minhas irmãs havia me dado. Pelo jeito e pelas medidas ficava grande para elas... mas pequena para mim. Não dá nada não. Era deixar o casaco aberto e não esticar os braços (que as mangas vinham no cotovelo). Coloquei um jeans e uma camiseta básica preta para não inventar e CABRUM, estava eu preparado, um autêntico bad boy mauricinho II – the return.Será que levo camisinha? Pensei. Vai se fuder, vai, Mauricinho, repensei.

Peguei minha nave para reentrada (meu carro) e passei no banco. Fiquei arrepiado com minhas finanças. Tirei só R$20.00. Sei lá. Devia dar.Segui para casa do Durval. Grande camarada. Tinha trabalhado comigo e bebia como um condenado.Chegando lá, buzinei... buzinei... buzinei... e só depois da quarta buzinada o figura apareceu lá na varanda, com um copo na mão. O cara já veio pisando torto e entrou em meu carro com um copo de whisky regado. No reencontro, falou:

- E aí fera? Beleza? Quanto tempo, hein?

- Pô meu amigo, maravilha. Melhor impossível, disse-lhe. (fratura exposta, mais vou me recuperar).

- É isso aí meu, hoje a coisa vai rolar, ele falou, já com aquele brilho de álcool 98º GL nos olhos.E bateu a porta do carro com tanta força que todo o painel saculejou, o porta-luvas abriu e não queria mais fechar. Fui falar alguma coisa, mas deixei barato. (Aquela história de perguntar se a pessoa não tinha geladeira em casa já era... pelo menos para mim, naquele momento). Olhei para o lado e disse:

- Vamos fazer o seguinte: não vamos falar de dinheiro e nem de ex-namoradas... eu sou teu amigo, conheço tua vida e vamos putiar por aí. Belê?

- Tá fechado. Dá prá ligar o rádio? Perguntou ele.

- Vaí aí, sinalizei.

Não funcionou. (Meu Deus: o que é que esse mão seca fez no meu rádio?).Segui com a nave e com um alienígena sentado ao meu lado.Na primeira esquina, o desgraçado derrubou whisky no estofado. E eu é que tive que pedir desculpas. Pedi pra ele me dar um pouco daquele “veneno”. Tomei metade do copo e mastiguei uma pedra inteira de gelo. Tava resolvido, em parte, o problema. Deu para ouvir quando o meu coração falou para meu fígado: - Hoje você é que é a bola da vez, negão.

Então fomos para a velha e consagrada estratégia: rodamos e rodamos os bares por aí. O lugar que tivesse a maior fila e percebêssemos com aquele “apurado” feeling sexual (fedendo a naftalina) a presença de mulheres interessantes, nós entraríamos.Paramos numa casa de axé.

Jesus. Descemos da nave. A fila estava um cueca para cada calcinha rendada, bonitinha, uma delícia. É... o desespero faz a gente ver coisas.Meia hora de fila. Meia hora de frio. Pelo vão da camiseta, meus poucos pêlos do peito exigiam os mesmos direitos dos pêlos do saco. Acordo negado.Atrás de nós, havia um grupo de três meninas na faixa de 18 a 20 anos.Vamos lá, garotão. Comece a treinar! pensei.

- Olá! Vocês têm bônus? Perguntei, com cara de milhares de más intenções.

- Não! as meninas responderam secamente.

- Vocês estão sozinhas? Insisti, com cara de algumas más intenções.

Uma olhou para a outra e nem responderam.Olhei para elas e quase falei: Última pergunta: vocês chupam?Bem... era só para esquentar.

Finalmente chegamos na entrada. R$ 5,00 de couvert e R$ 10,00 de consumação, estava escrito na portaria.Eu, ali, com R$ 20,00, um pacote de halls e três convites para a “Noite dos fudidos”, para o sábado seguinte, que havia recebido há pouco na fila. Eram estas minhas armas.

Depois da revista de praxe, entram os dois coiotes no recinto pela porta de saída. Belo começo. Logo ouço a batida da banda, que agita a galera. A mulherada estava lá, esparramada no salão, conforme o combinado e improvisado. E levanta a mão, põe a mão na cinturinha, dá uma rodadinha... abaixa ordinária, abaixa. E elas abaixavam. Me senti mais deslocado que cebola em salada de frutas... e o Durval parecendo um cachorro no açougue, de tão alucinado.Ei... uma moreninha baixinha olhou para mim. A noite estava começando a reconhecer seu filho amado. Olhei para o Durval e disse-lhe empolgado:

- Vamos para o bar.

- Só, ele balbuciou.

Atravessamos a pista de dança e chegamos ao balcão. De lá, de posse de cervejas, começamos a escolher.

- Vamos trabalhar em dupla, se é que você me entende, posicionei-me.

- Não, é claro. É arrastar duas e pau na mandioca. Qualquer coisa estou sozinho em casa, animou meu camarada.

Depois de 15 minutos, buscamos outra torre de comando. Fomos para o mezanino, para ter uma visão completa do terreno. De repente, uma moça (estou sendo gentil, uma senhora) aparece do nada ao meu lado.

- Olha... é para você, disse-me, entregando-me um pequeno bilhete e saindo rapidamente.

- Mas já... espantou-se Durval.

Abri e estava escrito: “Você tem um sorriso lindo”. Jussara. Segui para ver onde ela ia parar.Ela sentou-se na mesa de um sujeito parecido com o Spielberg. (Ele estava rodando ali “A Lista Secreta de Jurassic Park”). Fixei os olhos na mesa e descartei com um aceno a velha dama de copas. Eu era um ás (de casaco) de paus, cacete. E além do mais a noite é uma criança... carente, mas uma criança. Acho que me convenci.Segue a noite.

Olhei para uma moça ali perto de nós e disse para o Durva:

- Gostosa a morena ali, hein?

- Duvida que chego nela? Desafiou-me o já pra lá de Trinidad e Tobago Durval.

- Vai lá, rebati. (só não vai apanhar).

Estava na cara que o meu já manguaçado camarada iria se dar mal. Moça em rodinha, com amigos e amigas, dançando (ou melhor, fechados para balanço)... Depois de dez minutos, ele não chegou e vi que aquilo ia dar em água. Vou buscar mais uma cerveja ou quem sabe uma caipirinha de vodka para mudar a voltagem de 110 para 220. Espero que o Durva não apronte.

Voltei para a cena do crime, com minha caipirinha, procurando meu amigo que naquelas horas devia estar no banheiro dando um tempo. Surprise. Ele estava conversando com a morena, em separado. Sucesso para ele... é novo, boa pinta..

Depois de vinte minutos coringando os dois, percebi que se o Durva conseguisse pegar o telefone dela podia se considerar um sortudo. Opa. Peraí. O que que é isso? O Durva estava beijando a morena... e passava a mão na barriguinha dela... Cristo. Por um minuto virei fã daquele mutante. Despiruquei.

Vou dar umas voltas por aí... Vou ver é o meu. E a banda não parava de tocar.Percebi uma menina vestida de vermelho, que estava na beira da escada. Sua provável amiga estava se amassando com um cara, ao lado dela. Bom... já que ela estava de vela mesmo, vou chegar e acender essa vela da paixão (meu Deus, o nível de meus pensamentos estava caindo rapidamente. Help-me). Subi um degrau e encostei minha boca no ouvido dela. Com a voz de locutor de AM, falei justamente quando a banda tocava mais alto:

- Como é o seu nome?

- Ma...(sei lá o quê), ela respondeu.

No mesmo instante, chegou um segurança e me deu uma antenada nas costas, falando que não era permitido ficar ali.Olhei para a moça e falei ansiosamente:

- Desculpe, mas não ouvi seu nome.

- Masdamsdmds..., disse ela, impaciente.

O segurança me dá outra estocada com a antena daquele rádio filho da puta dele.Encarei o segurança e ele me encarou. Suas orelhas inchadas não negavam seus dotes marciais. Seus olhos falavam: só eu e você, no mano. Diga sim, por favor.Virei rapidamente em direção à dama de vermelho e abri a guarda:

- Parece que o segurança ali não quer que a gente converse.

- Ainda bem, ela disse cinicamente, vendo-me diminuir à sua frente.

Num golpe de despeito absoluto, cresci:

- Então derreta aí, vela de macumba.

Naquele momento meu nível estava abaixo do nível do esgoto.Com pressa, tomei o biarticulado escada sentido banheiro e fui. Durval me parou no meio do caminho. Apontou-me sua amiga-caso-ou o que quer que fosse e disse-me:

- Olha. Esta é a Camila.

Olhei.

- Oi Camila, tudo bem? disse. (Você tem uma amiga sobrando aí na bolsa? )

- Tudo, ela respondeu.

Ela realmente era muito bonita.E meu camarada, estranhamente sóbrio, continuou:

- Eu e Camila estamos indo embora. Ela está de carro e vai me dar uma carona. Pode ser? E deu uma piscada de malandro para mim.

- Beleza, assimilei. Vou dar mais um tempo por aí. (E assim era o fim da dupla Os Marcianos).

Perdido no salão, apareceram meus bodes. Essa não.

- Xispa, podem ir embora.

No desespero, abordei mais duas meninas chegáveis: uma era namorada do guitarrista (que viu a cena e não tirou mais os olhos de mim) e a outra uma transeunte ausente. Tentei me enturmar com o pessoal do aniversário no mezanino. Cantei parabéns, dei um beijo na aniversariante e comi um pedaço de torta de amendoim. Puxei um segundo parabéns. Ninguém me acompanhou. Sumi.

O tempo passou rápido. Olhei para a mesa de Spielberg. Jussara havia ido embora.Como diz a música de Dorival Caymmi: “Um pescador tem dois amores, um bem na terra, um bem no mar”.Então joguei a tarrafa na pista de dança pra ver se pegava alguma coisa. Nada. E joga de novo. Pesquei duas sereias, ou alguma coisa assim parecida (desconto de 50% por causa da cerveja). Separei pro final. E a banda parou de tocar.

- Boa noite galera. Até a próxima, se Deus quiser, finalizou o vocalista.

Rapidamente o pessoal se dissipou. Os caixas ficaram lotados e começou a rolar um playback. As duas moças pelo qual havia me interessado estavam juntas conversando com três caras. E eu encostado com a barriga no balcão.Uma delas veio até o bar, pegar as sandálias (a simpática estava descalça). Pensei que aquela era a hora. Pensar, pensar, pensar... Para de pensar, porra. Atitude, caceta. E rápido. E neste impulso, perguntei com a cara da última má intenção que me restou:

- Oi? Como é o seu nome?

- Matilda, ela disse com um sorriso querendo desabrochar.

- Você dança bem, Matilda. Te vi dançando a noite inteira (estique a mão que eu vou).

- Pô, legal, ela disse abrindo um largo sorriso.

Apresentei-me e não sei porque cargas d’água acabamos entrando em papo de cappuccino e aí a coisa fluiu. Matilda era uma bela morena e seu jeito foi me cativando, é claro. Quando comecei a me empolgar, os três caras foram embora e a amiga dela chegou. E nem se apresentou e começou a falar. Falou de sua profissão, que morava com a Matilda, que tinha que trabalhar dali a três horas, que uma moça do prédio dela havia se suicidado (sinistro) e blá, blá, blá. De repente, para cortar a gralha, virei um gentleman:

- Vocês moram onde? (só tenho 1/28 de tanque de gasolina).

- Moramos aqui perto. Mas dá para ir a pé, disse Matilda.

- Não. Faço questão de levá-las. Tá decidido - falei sem pensar.

As duas fizeram cara de assombro com minha imposição, mas aceitaram. A pergunta era: será que vai dar praia? Pagamos, saímos e fomos para a nave: a gralha, “educadamente”, sentou-se no banco da frente e a Matilda sentou lá atrás (pelo retrovisor ela parecia tão longe). Pedi desculpas pela bagunça no carro (tinha uma corneta verde que eu preservava desde a Copa de 98) e decidimos comer um cachorrão no caminho.Paguei os lanches com os cincão que sobrou da noite. “E todos se saciaram e regozijaram”, inclusive a gralha.A partir daí, as duas começaram a me investigar e queriam saber mais de minha vida. O que eu estava fazendo sozinho e assim vai.

Inevitavelmente, entramos no papo de namoro. A Matilda havia terminado a pouco tempo com o ex-namorado. Falei que tinha terminado com minha ex-namorada também. Coisas da vida. O papo me bateu uma deprê e os bodes acabaram aproveitando a bobeira e sentaram-se ao lado de Matilda.Porra, mas naquele momento, pelo menos, eu não estava só. Podia rolar alguma coisa com a Matilda e a gralha (quem sabe uma suruba com cappuccino). Foi o suficiente para eu desencanar.Seguimos bem devagar e nos trilhos. O papo agora era falar de bem-estar. E quando a coisa ganhava corpo, a gralha, num golpe impiedoso e fatal sobre minha última má intenção, falou que bebia mijo e que isso lhe fazia bem à saúde. Bem... foi o suficiente para eu arregalar os olhos e perder o tesão por completo. O cachorrão que eu havia comido já estava querendo voltar. Os bodes saltavam de tanto dar risadas.Acelerei o carro, passei por dois sinais vermelhos e deixei as duas no prédio em que moravam. Na saída do carro, a gralha juntou umas duzentas moedinhas para pagar o cachorrão. Disse-lhe, sem olhar na sua cara:

- Não, não, não. De jeito nenhum. É pela nossa amizade. (sua doente)

Dei ainda um convite para cada uma para a “Noite dos Fudidos” e o pacote intacto de halls e zarpei.Corri para minha casa. Parei na garagem do meu prédio. Botei a cabeça no volante e, antes de começar a pensar besteira, lembrei-me que tinha o canal 21 da Net em minha TV, com a imagem toda distorcida, mas com um aúdio perfeito: put-me, put-me, fuck-me... yes, yes, yes. Ali acabei minha noite.

Já no quarto, para finalizar, chutei a quina do pé da cama. Consegui atingir meu objetivo afinal: criei movimentos que causam sussurros (e gemidos). Pra me vingar dos bodes que não paravam de rir, comecei a dar risada também e botei-os pra dormirem lá fora... pelo menos por aquela noite.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Meu Poema das Sete Faces

Quando nasci, um anjo enorme
Desses que revelam os mistérios
Disse: Vais semear a Palavra.

Vou nada.

Fui é bater a cabeça pelo mundo
Rodar o mundo
Rodar a bolsinha pelas esquinas do mundo.

Semeei foi muito problema
Muito vento
E tenho o cabelo assanhado das tempestades que colhi

Da palavra, quero o doce e o amargo
Quero o arrepio da palavra cantada
Quero todos os significados ocultos sob a face da palavra

E nada mais.

Yoga, Yôga, Ioga ou HICH! Ôga...


sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Monteiro Lobato, você gosta? (parte final ufa!)


Projetos Sociais de Monteiro Lobato

Lobato criou o Criança Esperança em 1942 no campo de concentração russo da Segunda Guerra Mundial que antes do Didi tomar conta rapá, era uma iniciativa realmente social, tirar as crianças das ruas e alicia-las ao turismo sexual e a exploração da força de trabalho ja que todo o fundamento psicótico de Monteiro era e sempre foi extremamente capitalista,então foi buscar a Globo para cirar um programa de uma única exibição anual que neste promoveria "o dia nacional do brasileiro burrotariocrata" que promove arrecadações milionárias em poucas horas. Esse dinheiro é convertido na construção de favelas,bocas de fumo, boates e no carro importado e na cobertura em Copa Cabana do Didi.

Japonotesãoquicia - A tara de Lobato pelos Orientais

Monteiro tinha tara por japoneses, por isso batizou sua obra principal de Sitio do Pica e Pau Amarelo.

Já foram criadas diversas homenagens para Monteiro Lobato em relação a essa obra dele, uma das mais aclamadas é esta abaixo (ligar as legendas no player)






Principais Obras

Curiosidades

Lobatinho filho do LOBATÃO
Lobatinho filho do LOBATÃO


Países Baixos

Nem Bentinho, nem Escobar. Vou tentar a vida em outro lugar. Chega de Rio de Janeiro e de corpos ao sol. Me disseram que com meus olhos de ressaca, de cigana oblíqua, posso ter uma bela vida em Amsterdam. Olhos esses, segundo muitos, capazes de arrastar quem quer que seja pelos muitos canais da Veneza do norte - é assim que a chamam. Só que ao invés de Tinto Brás, do sexo alegre, safado, espontâneo e exibido, - sim porque Tinto Brás, Veneza e Rio de Janeiro são todos muito exibidos e explicitamente safados - vou é vagar pelos Países Baixos como gata sem dono, que se move acariciando as ruas. Vou miar para lua, fingir de carente, ronronar docemente e envolver a vítima no meu pêlo branco e macio. Depois de saciada, ao final, com esses olhos de cigana oblíqua, olharei a presa como se jamais a tivesse visto, com uma indiferença de morte que me fará ainda mais irressistível e cruel. Lamberei minhas patas e seguirei à procura de um recanto onde me espreguiçar e dormir, sob eventuais raios de sol. Assim viverei. Serei uma gata vagabunda, sem teto e sem almofada. Mas beberei leite fresco todas as madrugadas, sem ninguem ver.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Raio!

O Cão Virgem

Três senhoras de muita idade e um cachorro de pouco estilo se aturavam numa simpática casa de uma cidade do interior.

De verdade mesmo só Deus unia as três. A falta de sexo unia os quatro.

O que mais sofria era o cachorro, que vivia correndo atrás de seu rabo, masturbava-se com vassouras (dizem que a preferida dele era uma vassoura de pelos) e olhava esquisito para os gatos. Não era um cachorro sem preconceitos, mas sim totalmente necessitado.

Desde filhote preso a uma corrente, sua liberdade media três metros, num quintal de quarenta. Comida boa, sem sal, moradia, banho, remédio contra pulgas, sindicalizado, devoto de São Francisco de Assis e que gostava de ouvir Pop animal... mas que vivia só, como suas donas, que cultivavam flores para colocarem nos próprios túmulos.

Sua chance de morrer virgem crescia à medida que o tempo passava e o povo não morria. O instinto lhe lembrava isto todo dia. Foi ficando louco. Já não podia ver uma perna que já saia fornicando. Ah! filho bastardo da mãe Natureza.

O tempo passou. Os pêlos envelheceram. Passou a babar sobre as formigas, que riam de sua castidade domesticada. Depois de 12 anos, um último insight: sábado, pela manhã; o dia do sagrado banho. O portão aberto, longe, mas lá, lhe chamando. A chance de sua vida. Um segundo de descuido da Dona e lá foi ele, pedindo passagem para o vento fresco, vencendo o peso da idade, pois ali estava nascendo um macho. No meio das patas a espada que seria encravada na tão esperada foda prometida, qualquer que fosse.

Estava fora, assustado e feliz. Sumiu pela rua. Foi atropelado na esquina. Cachorro de pouca fé.

- Sultão, gritou desesperada a Dona.

Fundindo-se ao asfalto, o cachorro reconheceu-a. Seus olhos, antes de se lacrarem, negaram-na, como se dissesse:

- Sultão é a Puta que te Pariu.

Uaidonaquilme?

Amigo Cigarro

Parei de fumar há 16 dias. Fumei 14 anos: quase metade da minha existência. Na verdade é metade mesmo. Fiz um calculo horrível que muito contribuiu com a minha decisão de parar com esse hábito: Considerando-se que fumei meio maço de cigarros por dia calculei: 10 cigarros, vezes 30 dias, vezes 12 meses vezes 14 anos = mais de 50 mil Cigarros. Estarrecedor.

Contei para meu amigo Léo sobre isso no semana passada. Ele friamente escutou a quantidade de cigarros que durante estes anos todos deixaram meu pulmão com cor de coca-cola sem gás e friamente me respondeu: – e quanto isso dá em grana, maluco?

Esta é a resposta típica dele para basicamente qualquer coisa: “quanto isso dá em grana, maluco?”

Eu: Vamos no show do Mudhoney?
Léo: quanto isso dá em grana, maluco?

Eu: Acredito que a casa da minha avó vai valorizar muito com o aquecimento global:a água vai subir, vai ficar mais perto da praia.
Léo: quanto isso dá em grana, maluco?

Eu: Ganhei o prêmio Pulitzer de Poesia...
Léo: quanto isso dá em grana, maluco?

Não sei, não sei, respondi. Mas dá bastante...

A mulher dele ficou grávida e ao me contar, a primeira coisa que ele me disse foi: Minha mulher ta grávida. Ter filho é foda. Tem que pagar escola, remédio, frauda, brinquedo, vacina, e aquelas papinhas que vem no potinho de vidro, você jê já viu quanto custa aquilo?... Muita grana cara...

Maldita indústria tabagista e sua máquina de propaganda imperialista que faz com que os meninos virarem homens ao dar as primeiras baforadas do tubo nicotinoso com dispositivo filtrante que tem uma brasa numa ponta e um idiota na outra. É um rito mundial.

Como qualquer criança saudável e normal também passei mais ou menos 11 anos ininterruptos da minha vida na frente da televisão, parando apenas para comer Mandiopã e jogar bolas de papel higiênico molhado pela janela nas pessoas. (O termo técnico é “Porrolho” do latim Porrullum Nalatum do Transeuntum)

Não sei se era pior o show da Xuxa ou campanhas de álcool ou cigarros. As de cigarros as mulheres eram bem mais bonitas. Me faziam ter vontade de ser mais velho, sair na balada, voar de ultra leve e espiar pela janela do vestiário das meninas para ver a garota do sutiã pelada depois da educação física. Mas acho que essa propaganda não era de Cigarro. Era de bebida. Mas eu gostava mesmo assim.

Lembro muito bem das campanhas de cigarro. Acho que o lance do cowboy que ete faz fumar é tudo mentira. Eu não queria ser cowboy, não sei nem andar à cavalo, usar o laço. Não neva nas fazendas que eu fui e eu nunca celebrei a captura de um pônei-selvagem-fugitivo tomando café feito no fogo da fogueira de manhã. E aonde diabos fica o mundo de Marlboro? Barretos? Na Estância Alto da Serra?

Comecei a fumar aos 14 anos pelo mesmo motivo que leva todos os moleques a fumar; um termo técnico que os especialistas em comportamento jovem chamam de “idiotice”.
Na época, se você me dissesse que fumar causava rugas na pele, pigarro e envelhecimento precoce eu diria: Legal cara!! Vou ficar igual ao Angeli!! Lia muito Chiclete com Banana na época. Foi uma progressãol lógica natural: Cebolinha, Asterix, Chiclete com Banana, Guido Crepaux e Circus. Daí quando finalmente completei 10 anos passei a comprar o gibi Batman.

Então eu acho mesmo que esse papo de usar o cowboy para fazer a molecada fumar é papinho. As mulheres que eu fui afim quando tinha 12 anos me fizeram fumar muito mais. Talvez por que tivessem em média 18 anos e eu queria (e precisava ) parecer mais velho já que os meus 1,66M de altura nunca contribuíram para isso. As vezes me sentia como que acompanhado pela Jessica Rabbit – esposa intrigante do coelho Roger Rabbit. Aquela coisa de soltar a fumaça em formato de coração foi quase verdade para mim.

Tenho tentado mascar chicletes de nicotina, cravar uma unha debaixo da outra unha (receita do Paulo Coelho – não funciona) trabalhar sentado no jornal (vide bibliografia científica - “Simpatias que Curam”) Nicotisol e aquele sprayzinho da Amazônia que vende pela televisão e agora o Viagra do anti-tabagista da Pfzeizer e acupuntura. Não funciona.

Vou continuar com o meu projeto de para de fumar. Tenho certeza que terei uma série de benefícios incríveis. Para começar o hálito, depois as roupas, depois a felicidade intensa que inundará meu coração de não ficar mais puto toda vez que percebo que perdi de novo meu isqueiro. (perdi ou ficou com você?) além disso vou economizar saúde e grana. Saúde é mais importante.

Na verdade o cálculo da grana mudou pois estou a dois anos fumando de novo... Menos, mas estou. Vai rolar parar. Estou pensando na vantagem da saúde desta vez. Tenho me sentido melhor.

Mas na Duvida do benefício maior, qualquer coisa eu peço para o Léo fazer o cálculo de quanto isso dá em grana. Ele vai saber.

Minha história da literatura

Conto dos três paragrafos - I

Era uma vez três parágrafos

O primeiro queria ser a introdução
O segundo, levava jeito para desenvolvimento
O terceiro, se amarrava em uma conclusão

E nascia a dissertação.

Conto dos três paragrafos - II

Mas era uma vez três parágrafos

O primeiro fez cursinho para aprender a desenvolver
O segundo teve crise de identidade
O terceiro fugiu com o rodapé

E nascia a literatura contemporânea

Preocupação Ambiental...

Vamos ao bar, mas sejamos todos ecologicamente corretos!

Nada de beber cerveja - tomaremos vinho orgânico, nada de ir fumar cigarros - fumaremos cigarros imaginários, nada de falar merda depois do segundo copo de bebida - falaremos de assuntos reciclados até o esgoto, nao vamos voltar de carro - porque estamos em casa mesmo, foi só um sonho, deitados e com as luzes desligadas...

SOLD OUT

"Nesse mundo fast-food onde a arte é adquirida em um drive-thru eu me recuso à ser o atendente do outro lado do microfone!"

O Shosho no Xaxá do Xexé

Curitibinhos e curitibinhas e gente dos arredores,


no último domingo, segundo as más línguas, foi visto Shosho batendo coxa no Xaxá do Xexé. Shosho é o nome de poder de Osho, o guru da galera repleta de consciência. Há provas: Shosho soltou a franga no forró do Xaxá.

É o que eu venho dizendo: Curitiba não precisa do Osho e sim de um bom pagode, uma bate coxa dos bons, um funk pingando suor.

O legal do Osho é que com ele você pode descolar um nome de poder, caso o seu nome esteja sujo na praça.

Monteiro Lobato, você gosta? (parte 2)


Agora amigos e amigas vamos ter a continuação dessa série sobre Monteiro Lobato, dessa vez iremos falar de algumas peripércias que estão por trás destes personagens tão aclamados. Confira!

Revelações do Processo de Criação e as Verdades dos Personagens

Saci Pererê

Se vendo em situação complicada, ligou para seu amante o Ruben Braga e marcaram um jantarzinho, conversa vai conversa vem eles foram pró "ap" do Ruben e começaram as preliminares e etc e tal como dizem os angolanos, fizeram varias posições do Kama-Insulta mas Monteiro queria mais, estava cansado do "arroz com feijão" queria sentir novos prazeres e passar por novas fronteiras, então pediu pra que Ruben consegui-se um Negro (ops! Afro-descendente) porque somente um puro afro-descendente (denominado negão) conseguiria tal resultado. No dia seguinte Ruben ligou e avisou que tinha arrumado o esquema, foram a noite os três para o que eles chamavam " festa no ap" (ate mesmo o Latino cantor suspeitava disso já) e lá começaram as atividades lúdicas... Ruben vai buscar um vinhozinho e quando volta encontra o negro (afro-descendente)com parte da perna introduzida no reto fecal de Monteiro, que se assusta e acaba amputando a perna do garoto preto (afro-descendente), antes que a policia ficasse sabendo Monteiro Lobato logo teve uma luz, pegou um gorro vermelho que usava nas fantasias sexuais deles e colocou sob a cabeça do moleque e deu para ele um cachimbo de crack e a samba-canção do Ruben e colocaram o moleque(afro-decendente) no carro e levaram para um sitio. Nasce o Saci Pererê.Cabuloso

Emília a boneca desgraçada

Certa vez acompanhado do ja então noivo Ruben Braga, Monteiro vai num cafe onde esporadicamente alguns famosos apareciam, e bem nesta certa vez, quem comparece ao café é nada mais nada menos que Zélia Duncan (filha do Jaspion com a Xena) e começa dar em cima do "Rubinhozinho" so pra causar ciumes no Monteiro e ver ele remexer aquelas sobrancelhas peludas de tanta raiva, mas conseguiu se manter calmo e foram de volta pra casa sem mais problemas, mas aquilo nao saiu da cabeça de Monteiro, que logo pela manha se dirigiu para um terreiro "Ocha-oia-lá" para encomendar um trabalho para acabar de vez com a vida da Zélia DunckMAN, "Vou acabar de vez com aquela meretriz bissexual" pensava Monteiro, e transformou ela na Emília a Boneca Desgraçada que é mal costurada e tem cabelo de resto de lã,e vive usando pó de pirin-plin plin Nasce Emília a Boneca Desgraçada

Pó de pirim PLIN PLIN

Esta estranha substancia que faz os personagens viajarem nas tramas de Monteiro Lobato é um artificio muito antigo que ainda causa muita polemica entre os pesquisadores norte-chineses que não conseguem descobrir a sua composição, ha pessoas que acreditem que o pó seja fruto do xarope da Coca-Cola com o pó da frieira de Osama Bin Laden, mas recentemente um grupo de estudiosos norte-angolanos descobriu que a consistência do pó seria de uma vegetação muito comum proveniente da Bolívia, atual pais onde Hugo Chavez passa as ferias de inverno com sua esposa Mara Maravilha que hoje em dia vai a igreja durante o dia e a noite domina as FARCS e faz todo o intermediário de introdução do pó de pirim plin plin pelas fronteira brasileiras até o PROJAC, onde eles dividem toda a produção e fazem as embalagens de 10 e de 5 os chamados "Pó de cinco", o sistema é rigoroso, passa pelo Jô Soares antes de tudo que faz o teste de qualidade da mercadoria que por fim é vendida nos cenários da Malhação apos as gravações no denominado bar point (boca de fumo para os íntimos) do PROJAC "Giga Byte", a administração financeira fica com o Didi (dono da boca) que ja tem nome de dono de boca mesmo.

O Pó tornou-se tao popular depois da década de 1970 que publicitários, jornalistas, criadores de moda ou profissionais da área financeira,começaram à também consumir para poderem viajar e fazerem magicas.

Ainda não acabou, visite de hora em hora para ficar por dentro dos bastidores da literatura brasileira!

Papai Noel, eu também quero uma cadeira

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Magia do samba

No dia 02/12 comemora-se oficialmente o Dia Nacional do Samba. Para tal data me reuni com os amigos Ricardo e Felipão (ambos do Combinado Silva Só) e embarcamos rumo ao Bacacheri para tomar aquela cerveja gelada, papear e ouvir um bom samba. Chegando lá, encontramos outros 3 amigos (três enciclopédias do samba, diga-se de passagem) fazendo a mesma coisa. Era o Anildo Guedes (dono do bar), Marcão e mais um que eu não lembro o nome.

Nos surpreendemos. Achávamos que naquela altura do campeonato seríamos recepcionados pela multidão já insandecida, o samba pegando fogo e as mulatas rodopiando. Que nada. Eram só três, agora somados a mais três.

O tempo foi passando e o milagre da multiplicação se fez, pois o pessoal não parava de chegar. Achávamos que tería uma atração daquelas de costume do Cimples, como o excelente pessoal do Bom Partido, diretamente de Florianópolis. Mas que nada.

Até que no final da tarde o dono do bar olha para os "clientes" e diz: "vocês não vão tocar?". Um olha pro outro.. fica aquele silêncio. "Mas Anildo, nós viemos prestigiar..".

(Fala-se muito no tal mistério do samba. Eu falo em magia).

Por sorte o Ricardinho levara o cavaco, que logo passou ao Alex (figura carimbada dos sambas da cidade e bom compositor) e assumiu o surdo. Começou assim. De repente surgiu um violão de sete cordas, um pandeiro, um prato, uma faca, um pedaço de madeira. Qualquer coisa que fizesse som foi se incorporando e como num passe de mágica surgia o grande homenageado do dia - o samba!

Músicos, compositores, sambistas e admiradores brotaram. Muita gente legal passou por lá. Nos milhares de cliques do dia, deixo mais duas fotos. Abaixo, o encontro do passado e presente do samba curitibano. Bruno Santos de Lima, que considero o maior compositor da nova geração da cidade, admira o grande Maé da Cuíca - fundador da primeira escola de samba de Curitiba - a lendária Colorado.


No final da noite, por acaso, enquanto o coro comia e todos se divertiam fazendo o samba... Cartola mandava esse diálogo com seu pai (na TV):


- O que você quer que eu cante pro senhor? (indaga Cartola)
- Um samba, né? (obviamente, responde o pai)
- Mas qual é o que o senhor gosta? (retruca Cartola)
- É... esse .. é... o moinho... O Mundo é um moinho (aquele... sabe?)
- Ah, bom! (sorri Cartola)

Que dia. Que noite. Nada de espetáculo. Nada de estrelismos. Nada de artistas x público. Foi só samba. Obrigado Anildo.


*OBS: Entendeu qual é a magia do samba? Não? ... é uma roda, músicos, coro, versos, causos, cerveja e animação. Sinceridade acima de tudo. Uma festa brasileira que pode acontecer em qualquer lugar a qualquer hora. Se você conhecer algo parecido, que não seja samba. Me mostre, porque eu também quero participar !

"Fuça Cu"


Você conhece um fuça cu?
Eu não entendo de signos e qualquer coisa mais além disso, mas o que eu posso dizer que existem pessoas que só podem estar sendo regidas por algo sobrenatural ou mágico para serem tão fuça cu, mexem por tudo e querem saber detalhes e mais e mais´, isso me estressa!

Horóscopo do Mês

Curitiba uerp...

Estava eu com os pacová cheio numa fila de banco, quando mais que de repente, começo a ouvir um uerp...uerp... uerp... Pergunto para moçoila a minha frente:

"Isso é um sapo?"

A curitibinha, embora disfarçando uma risadinha, disse não saber.

Era um sapo.

Quer dizer, era o toque do celular do fulano na nossa frente com sua pilha de conta para pagar.

Um outro fulano ao meu lado manda, com aquele típico humor curitibano:

"Nesta cidade de brejos, o cara deve ter engolido um sapo..."

Sexecutiva

Eu tenho pensamentos safados durante o expediente,
Pensamento safados 8 horas por dia.

Me acaricio por baixo da mesa enquanto olho a cara do chefe
 (a cara de bunda do chefe),

Imagino que tiro a roupa enquanto faço uma apresentação.
E uso lingerie de oncinha quando visito um cliente,

Quando perguntam o segredo do meu sucesso, respondo:
- Faço tudo com tesão.

Monteiro Lobato, você gosta?

Tá eu sei que meio mundo dos brasileiros amam Monteiro Lobato e que se ele fosse mais bonito fariam Toy Art com a imagem dele, mas eu não estou aqui pra dizer o certo ou o errado, aliás quem sabe a verdade? A verdade só quem sabe é quem têm ela como verdade e pra mim a verdade de Monteiro Lobato está nesse texto.

Biografia

Monteiro Lobato (nome cientifico: Montierious Lobatinuns Lobatinuns ), nascido com 0 anos de idade em 1900 e Hebe Camargo, cidadão infelizmente brasileiro, nascido na cidade de Taubaté, fato que o envergonhou muito. Foi padrinho do Grupo Menudo nas diretas já, contra a opressão revolucionária que ocorria na época no Rio Grande do Sul. Monteiro Lobato foi muito pesquisado por cientistas norte-chineses por ser um dos remanescentes homens pré-históricos sobreviventes, sua sobrancelha com design extremamente arrojado é muito característica de homens que viveram na Terra a 900 bilhões de anos.

Há indícios que ele teria sido o pai do astro de Hollywood, King Kong. Em entrevista à CNN internacional, King Kong não quis falar sobre o assunto, mas chegou a relatar que Monteiro Lobato não quis fazer o exame de DNA para comprovar sua paternidade: "Monteiro é um pilantra, largou eu e minha mãe e foi viver em busca do pó de pirim-plin plin no Rio de Janeiro". Muitos parentes e amigos, como Toni Tornado (primo-avô de King Kong) ficaram chocados com a falta de humanidade nas ações de Lobato, que deixou a guarda do filho com a mãe Maria Betania que na época trabalhava de frentista no posto pela manha e acompanhante executiva no "Hot Furabuxos Night Club" aonde começou sua carreira como desanimadora de festas e shows. Mas a vida de Lobato não era só maravilhas; ele estava na pendura no bar, com extrato banco com sério problemas financeiros,contas atrasadas e dívidas na boca, até estava começando a assistir a sessão descarrego da Igreja Universal e participando ativamente dos programas ao vivo contando seus causos para o pastor, ele precisava achar a solução dos seus problemas e foi então que foi concebido a ele o milagre da criação.

Depois eu continuo o texto, pra quem entrar e daí merecer ler.

mulher-crânio

passei o dedo no couro cabeludo
e senti um buraco
do buraco vi meu crânio
branco, reluzente
osso duro
curiosa fiquei ali a olhar
e depois pensei:
sorte a minha ver isso
antes da morte

Genial!

Emo aos 68...

Sera que alguem consegue manter-se numa "tribo" até os 68 anos de idade?

Eu nunca vi um emo com 68 anos, bom existem, mas nao dos que se colocam em uma determinada coisa, acho que a verdade é que temos que fazer as coisas até o tempo que realmente temos paciencia, então que essa geração seja emo aos 68 anos se conseguirem!

Libertus sum

Xixi

Já era quase duas.
Saíram rápido de lá. Fazia frio na rua e já não tinha mais o menor sentido em insistir naquele local. O garçom já olhava feio.
Os olhos ardendo de fumaça anunciavam que a saideira já estava servida e vazia.
Chegaram em casa em dois minutos.
Sentada no sofá ela falava e sorria. Derramou um pouco de vinho no sofá. Me pediu desculpas com um sorriso e lambeu as gotas que pingavam do pulso. Apenas mais uma mancha junto a todas as outras... Não tinha problema nenhum.
Apoiou o copo do encosto do móvel.
Levantou com graça me olhando por cima do ombro.
Perguntou safada se eu queria vê-la fazendo xixi.

ojos hipnóticos


La Luchadora Exótica...
http://www.flickr.com/photos/senhesse/2839355686/in/set-72057594088994982/
eles me olham e eu olho pra eles...

Io Saturnália!

Salve, salve, Saturno – hoje é o seu dia.

Na antiga Roma, todo dia 17 de Dezembro, era o início das festas em homenagem a Saturno – as Saturnais. Ou, simplesmente, Saturnália – o orgiástico carnaval em homenagem ao deus-agricultor.

Do dia 17 até 23 de Dezembro, bebia-se, comia-se, fartava-se com os prazeres da terra. Todo prazer vem do corpo.

Cada habitante da cidade trazia um prato e uma bebida e o banquete se fazia. O modus operandi da festinha americana se inspirou nas Saturnais. Assim como também, o Natal, com a sua troca de presentes sem orgia. O carnaval adotou a orgia, o fim da hierarquia e o Rei Momo.

Sinta-se convidado a trazer uma oferenda, uma prenda, uma comida, uma guloseima e seu corpo – em forma de posts. Até o dia 23, banquetes.

Durante a Saturnália, a hierarquia social era abolida. Os escravos sentavam à mesa e faziam-se servir pelos patrões. As Saturnais concediam liberdade aos presos que, por sua vez, depositavam suas algemas como oferendas no templo de Saturno, o deus-canibal, o deus-sátiro.

Jogos de azar eram liberados.

A orgia sexual uma dádiva. E prescrita.

A alegria reinava nos 7 dias de festa ininterrupta.

Venham convivas, venha gozar essa festa também. Senão, dou uma sapatada em você, hein?

Hoje é dia de Saturnália Day! Saturnália Dei! Dê você também.

Io!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Erasmo disse, Erasmo falou...

"Mas, não esqueçamos os astrólogos, aos quais o céu serve de biblioteca e os astros servem de livros. Graças a esse estudo, compreendem tudo muito bem e revelam o futuro, predizendo maiores prodígios do que os magos. E o mais bonito é que ainda têm a fortuna de encontrar crédulos".

Erasmo de Rotterdam,
Elogio da Loucura

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Vênus de Milo

Veja só quem chegou pra Saturnália...




Vênus em Aquário até o dia 03 de janeiro. Ela disse que tem compromisso, vai ter que viajar.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Teste seus conhecimentos

1- O que é ciência?

( )1- do latim scientìa,ae 'conhecimento, saber, ciência, arte, habilidade, prenda'.
( ) 2- conhecimento atento e aprofundado de alguma coisa.
( ) 3- cada um dos inúmeros ramos particulares e específicos do conhecimento, caracterizados por sua natureza empírica, lógica e sistemática, baseada em provas, princípios, argumentações ou demonstrações que garantam ou legitimem a sua validade.
( ) 4-conhecimento puro independente da aplicação.
( ) 5-disciplinas voltadas para o estudo sistemático da natureza ou para o cálculo matemático.
( ) 6-conjunto de conhecimentos teóricos, práticos ou técnicos voltados para determinado ramo de atividades; talento; mestria.

Diga aí nos comentários a acepção correta e, se quiser colar, consulte o Antônio Houwaiss.

2- Astrologia é ciência?

Dica: antes de responder, pergunte a si mesmo se a Astrologia toda cabe em um tubo de ensaio.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

À procura da alma gêmea

-Qual é o melhor signo na sua opinião, Anete?

-Não sei, estou em dúvida e você?

- Não sei, também. Er...vamos pedir para eles tirarem as placas?

Creio porque é absurdo

Pessoa caga, astrólogo caga regra.

Há astrólogos que cagam estatutos, há astrólogos que cagam miséria.

Há os que pregam o fim do mundo, há os que são chatos mesmo.

Há os que são contra filmes, há os que são contra a bruna.

Há quem ao ser perguntado se acredita em alguma idéia qualquer, responde:

“Eu não acredito, eu não sou CRENTE!” E começa a piscar, piscar, piscar e a fazer trejeitos assim com a boca.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Alma Gêmea?

Que alma gêmea o quê, Wanessa? Quero uma alma que gema.


Alma Gêmea

Encontro sua alma gêmea em três dias!
Mas depois não reclame.

Já dizia o poeta da megaprovíncia

Se a minha classe gosta
logo é uma bosta

Traquínias


BUSTO
Temos que acabar com essa história de falar mal da Astrologia. Não dá! Existem muitas músicas, filmes, livros, que não veiculam a sua correta visão. Isso sem falar nos astrólogos. Cada um faz e fala uma coisa diferente. Temos que formar um pensamento único, uníssono, unívoco, UNIVERSAL.

CORO Criemos então um estatuto!

BUSTO Excelente!

TIRÉSIAS Mas o que seria uma correta visão da Astrologia?

CORO Cala a boca, Tirésias! O que você entende de visão, hein?

Vê vultos?


Saturnálias!

Saturnalia Day! Saturnalia Dei! Dê você também.