está na ordem do dia,
Qüiproquó:
E, vigentes as novas regras de ortografia, encorajei-me a convidar-te, Maria Amélia: queira, por obséquio e paixão, um dia quem sabe da vida, degustar comigo uma linguiça? Afogar o pinguim... pinguinhos nos "is". Afogar o pinguim... Não é o que está pensando.
Na verdade, o crime foi o seguinte: raptou-se o trema do sequestro, torturou-o por alguns minutos, cinquenta talvez, e ocultou-se o seu corpo nas lápides da questão. Segredo, Maria: - mataram o trema, mas ele sobreviverá onde nunca esteve, bem na questão, e lá assombrará os exegetas da gramática lei. Os crentes do além-vida dirão diante do túmulo: - qüestão! Ó, e o fantasma assombrará. Fantasma imortal, cujo corpo nunca existiu. Qüestão! Qüestão! Qüestão! E um barulho de correntes...
Mas eu gostava de ver o trema em todo lugar. Ele era coisa romântica; um par de pontinhos... morreram juntos - falará assim alguém que tem gosto pelas tragédias: - Eram tão bonitinhos; nasceram e morreram juntos...
E a graça da língua portuguesa é a sua promiscuidade. Prefiro-a inculta e bela a ser reta.
Prefiro-a cheia de pegadinhas a ser assim, tão recatada. Ora, todo trema fazia orgia, ménage à trois com o "u", e a gente só o via de fora, sem participar, tal qual o "i" ou o "e", de voyeur. Pegadinhas? Posto que liberal, o trema era romântico, desde o nascimento. Ora, nasceram juntinhos! Morreram juntinhos! Dançaram valsa, velhinhos.
Quiproquó!
4 comentários:
uahauhauahauhauahauahuahauahauha
Sequestraram o trema pra pedir resgate, mas não vão devolvê-lo mesmo se a gente pagar.
O Mercado é quem vai fazer a festa: livros novinhos, linguagem asséptica e assexuada.
Ma
continuação: mas não dá nada, bota o professor de português pra explicar o negócio.
huahauahuahauahauahuahauahauhauahauhau
Cacildis!
Esses malditos dotoris bacharéis botaram no forévis da tremis!
Amém.
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